O regime remoto de trabalho deixará de existir?

O regime remoto de trabalho deixará de existir?

PRO Digital HR

Todo mundo já sabe que o trabalho remoto se intensificou com a chegada da pandemia, em 2020. Porém, agora, 5 anos depois, a discussão que paira sobre as corporações é se ele vai permanecer ou se estamos percorrendo o caminho de retorno ao formato presencial.

Com a volta do presencial em algumas big techs, outras empresas passaram a estudar de que maneira vão continuar trabalhando em 2025. Em empresas de tecnologia, por exemplo, estamos vendo que algumas estão voltando ao formato presencial seguindo o exemplo da Amazon, outras no formato onde as pessoas que ocupam um cargo de gestão trabalhem presencialmente, e aquelas que permanecem no híbrido. Já em outras áreas, a tendência que tenho percebido é a do aumento da carga presencial em relação ao ano anterior.

Em uma pesquisa feita pela BMI com 83 CHROs de empresas que atuam no Brasil, constatou-se que, apesar de apenas 5% delas pretenderem adotar o regime 100% presencial neste ano, nenhuma mencionou sobre aumentar o trabalho remoto. Já para o modelo híbrido, 26% irão aumentar a frequência de dias no escritório.

E quais as consequências que esse movimento pode causar?

Caso as corporações sejam muito firmes em suas decisões, com exigências não negociáveis, muito provavelmente irão perder colaboradores, principalmente os mais jovens. Aumentar a prática do presencial será apenas mais um estressor no ambiente de trabalho para profissionais Millennials e da Geração Z. Boa parte desse público entrou no mercado de trabalho com essa liberdade de trabalho remoto e pode entender esse movimento como um retrocesso.

Acredito que é possível respeitar a cultura da empresa e as decisões organizacionais sobre o que é melhor para ela, desde que se olhe com cautela a composição do seu público interno. Entender quem são as pessoas que compõem um negócio pode diminuir o risco de turnover e, assim, construir um ambiente saudável para todos. A cautela nessa tomada de decisão é importante!

Escrito por Ruth Bandeira

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